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Empresas ligadas a Gusttavo Lima estão sob suspeita de ocultação de valores e de terem recebido R$ 49,4 milhões de sites de apostas que estão sendo investigados, segundo aponta inquérito.

Gusttavo Lima
Gusttavo Lima

Nesta segunda-feira (23), a Justiça de Pernambuco expediu um mandado de prisão preventiva contra o cantor Gusttavo Lima. Segundo as investigações conduzidas pela Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco, o cantor e suas empresas, Balada Eventos e Produções Ltda. e GSA Empreendimentos e Participações Ltda., são suspeitos de participar de um esquema de ocultação de valores provenientes de apostas online. O foco da investigação recai sobre transferências recebidas por essas empresas de plataformas como Esportes da Sorte e Vai de Bet, ambas investigadas na operação. Desde 2023, as empresas de Gusttavo Lima teriam movimentado cerca de R$ 49,4 milhões, conforme revelaram os dados obtidos pela investigação.

A operação também envolve outras figuras públicas, como a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, que já foi detida por sua participação no esquema. A investigação apura um sistema de lavagem de dinheiro que utilizava a contratação de influenciadores digitais para promover ilegalmente casas de apostas esportivas, burlando a legislação brasileira. Os investigadores acreditam que Gusttavo Lima também teve um papel ativo nesse sistema, escondendo dinheiro oriundo das apostas em cofre particular e dissimulando a posse de bens de alto valor, como uma aeronave Cessna Aircraft, modelo 560 XLS, que também foi alvo de apreensão durante a operação.

Entre as movimentações suspeitas envolvendo o nome de Gusttavo Lima, as autoridades citam transações financeiras ligadas a Boris Maciel Padilha, empresário investigado na mesma operação. Em uma dessas operações, foram ocultados cerca de R$ 4,9 milhões. Além disso, Gusttavo Lima e Padilha tiveram suas prisões preventivas decretadas pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife.

Outro ponto de investigação foca na dissimulação da propriedade de um avião Cessna, que teria sido vendido para a empresa J.M.J Participações Ltda, pertencente a José André da Rocha, sócio da Vai de Bet. A venda, no entanto, é considerada fraudulenta pelas autoridades, que identificaram uma série de transferências suspeitas nas contas da empresa do cantor. Essas movimentações incluíram valores milionários, como um depósito de R$ 16 milhões em fevereiro de 2024, seguido de outros milhões nos meses seguintes, totalizando R$ 22,2 milhões.

A defesa de Gusttavo Lima se pronunciou sobre a ordem de prisão, classificando-a como "injusta" e afirmando que irá recorrer para provar a inocência do artista. Eles enfatizam que o cantor não teria qualquer ligação com atividades ilícitas e que todo o processo será esclarecido em juízo.

Na noite de segunda-feira (23), o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão acatou um pedido de habeas corpus para beneficiar 17 dos investigados na Operação Integration, incluindo Deolane Bezerra e outros envolvidos. No entanto, a decisão ainda não contempla o cantor, que continua sendo alvo de um mandado de prisão válido.

A Operação Integration, deflagrada no início de setembro, busca desmantelar um esquema que movimentou bilhões de reais por meio de apostas esportivas e lavagem de dinheiro. Além das prisões e bloqueios de ativos financeiros, bens de luxo como carros e aeronaves também foram apreendidos. Entre os alvos da operação estão empresas como a Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos, apontada como intermediadora nas transações ilegais. Essas operações também envolveram personagens do mundo dos influenciadores digitais, muitos dos quais contratados para promover as plataformas de apostas de maneira disfarçada.

No caso específico das empresas de Gusttavo Lima, documentos da investigação revelam que uma série de depósitos, via Pix e TED, foram realizados, totalizando valores que ultrapassam R$ 18,7 milhões em 2023. Cerca de 31,77% desse montante veio diretamente de empresas sob investigação por lavagem de dinheiro. Além disso, parte desse dinheiro foi transferida para contas pessoais do cantor.

Gusttavo Lima, que já havia se pronunciado em suas redes sociais negando envolvimento com a aeronave apreendida, volta agora a enfrentar acusações que podem comprometer seriamente sua carreira e imagem pública. As investigações continuam, e a expectativa é que novos desdobramentos surgirão à medida que a Polícia Civil aprofunda as apurações sobre o esquema de lavagem de dinheiro vinculado às apostas esportivas.

 
 
 

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